terça-feira, 3 de junho de 2014

Centenas de viaturas da PM são fotografadas em patio

De acordo com o coronel Paúl, várias denúncias foram enviadas a ele relatando as condições das viaturas e o longo período em que elas estão paradas no pátio do CFAP, que fica localizada na Avenida Marechal Fontenelle, 2906, em Sulacap. O oficial afirma que as informações apontam para um estado de sucateamento dos carros, que estariam sem rádio comunicador e alguns deles com problemas mecânicos. "As pessoas estão me contando que as viaturas estão sem rádio [comunicador], por esse motivo estão fora do policiamento na cidade", conta o oficial.

Fotos das viaturas postadas no Blog do Coronel Paulo Ricardo Paúl
Fotos das viaturas postadas no Blog do Coronel Paulo Ricardo Paúl

Em uma postagem no seu blog, o coronel Paúl questiona os motivos pelos quais as viaturas não estão operando no policiamento ostensivo no Rio e mostra fotos que, segundo ele, foram feitas na manhã desta terça-feira (3), por um policial que não quis se identificar. "O que centenas de viaturas da Polícia Militar, várias danificadas, estão fazendo paradas no CFAP e não estão sendo empregadas no policiamento ostensivo, o que caracteriza mais uma vez o mal uso do dinheiro público?", diz a postagem. 
A Assessoria de Comunicação da Polícia Militar do Rio esclareceu em uma nota que o Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças cedeu o local para o Batalhão de Campanha ficar alojado durante os jogos da Copa do Mundo. O Batalhão possui 2000 homens. 

Fotos das viaturas divulgadas no blog do coronel Paulo Ricardo Paúl
Fotos das viaturas divulgadas no blog do coronel Paulo Ricardo Paúl

Outros episódios envolvendo viaturas da PM
No dia 15 de maio, o Jornal do Brasil publicou uma reportagem informando que o Ministério Público do estado havia instaurado uma ação civil pública contra o Secretário de Segurança Pública José Mariano Beltrame, pedindo o bloqueio de seus bens e a suspensão dos direitos políticos por oito anos. De acordo com as denúncias do MPE, Beltrame e a sua ex-colaboradora, Susy das Graças de Almeida Avelar, podem ter cometido crime de improbidade administrativa, investigado pela 7ª Promotoria da Tutela Coletiva e pelo Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, que encontrou indícios de superfaturamento de preços em três contratos assinados pela Secretaria de Segurança (Seseg) e duas empresas do grupo Júlio Simões. Os contratos foram assinados para a aquisição, gestão e manutenção de viaturas policiais. 
Os contratos entre a Seseg e o grupo Júlio Simões foi no período de 2008 e 2009 e denunciados ao MPE pelo coronel Paúl, em 2009. Paúl teve acesso ao conteúdo do contrato e afirma que as cláusulas garantiam uma negociação "casada", ou seja, para compra e manutenção da frota da PM. O oficial revelou também que o comando da PM, naquela época, não aceitou o acordo, que foi repassado e firmado com a Seseg. 

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