Martinho da Vila no espaço Café Literário da Bienal do Livro de Campos
Martinho falou no Espaço Café Literário da Bienal do Livro de Campos
A paixão pelo carnaval, a vida na música e a literatura. Tudo com simplicidade e “devagar, devagarinho”. No Espaço Café Literário da 8a Bienal do Livro de Campos, Martinho falou sobre disciplina e o desafio de escrever tendo o cuidado de não rebuscar seus textos. “Música é mais intuição, mais motivação. Às vezes, a gente faz a música inteira e depois é colocar a letra, a ideia vem junto. Não precisa essa disciplina. Na literatura precisa um trabalho mais dedicado, escrever uma lauda por dia”, compara.
Autor de nove livros, entre romance, ficção, infantil e literatura musical, Martinho diz que escreve de madrugada, enquanto está nos hotéis, em suas turnês de shows. “Procuro escrever de uma maneira que seja direta, simples. Há escritor mais preocupado em mostrar sua cultura do que em transmitir cultura”.
O sambista fez críticas à música brasileira. Um momento preocupante. “Nos shows tem que pular, fazer barulho é o que mandam. Uma despreocupação total com a riqueza melódica e poética. Gosto de show que todo mundo canta, vê, participa e dança”, disse o compositor, que na literatura aponta o desafio: “Escrever o que já foi escrito de um ângulo novo, porque tudo já foi dito, então é a criatividade para fazer diferente o que já foi feito”.
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