domingo, 30 de novembro de 2014

Economia fraca vai corroer saúde financeira de municípios que não fizeram dever de casa


Foto: Campos 24 Horas e Divulgação
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O fraco desempenho do PIB brasileiro no terceiro trimestre, da ordem de 0,1%, revela o estado de estagnação econômica do país, aponta o secretário de Controle e Orçamento, Suledil Bernardino. “Os números da semana de nossa economia estão cada vez mais fragilizados”, destaca Suledil.
Para o secretário, a Presidente Dilma Roussef passa por um momento delicado com um crescente processo de fragilização na economia. “O quadro do terceiro trimestre revelou queda do consumo das famílias de 0,3%, comparado ao segundo trimestre do corrente ano. Por exemplo, a elevação das taxas de juros do cartão crédito, com 23 milhões de usuários, bateu a pior marca dos últimos 15 anos”, pontua o secretário de Cotrole e Orçamento.
USuledil 6m dos pontos destacados por Suledil do cenário de crise nacional é a redução de vendas da indústria automobilística. “Mesmo com o incentivo do IPI, os pátios das montadoras estão lotados de carros, com o setor ameaçando férias coletivas para todo o mês de dezembro, contrariando o que vinha sendo praticado nos últimos anos”, acrescenta.
Para Suledil, todo o ambiente presente e futuro é de restrição; “O desemprego só tende a crescer com as medidas que serão implantadas pelo novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, conhecido como “mãos de tesoura” no primeiro mandato de Lula. A taxa Selic de juros na próxima reunião do Coppom deve subir mais, dificultando o crédito e desestimulando o consumo e, assim, impactando a indústria e toda a cadeia econômica. A balança comercial, que representa a diferença entre o que Brasil que importa e exporta, vem dando sinais de queda nos últimos sete meses, agravando ainda mais o humor da economia nacional. Sem dúvida nenhuma, essa retração tende a levar a uma recessão no próximo ano, reduzindo as receitas federais, estaduais e municipais”, completa Suledil.
O secretário observa que face à mudança do cenário nacional, é preciso um novo paradigma: “Depois de um longo período de bonança econômica do país, o brasileiro começa a ter que enfrentar o tempo de vacas magras. Quem não se preparar para reduzir seus custos e racionalizar a boa aplicação de seus recursos, irá perder noites de sono. Os mais irresponsáveis poderão perder a saúde. Chegou a hora de todo mundo fazer o dever de casa que é exigido pelas dificuldades”.
E, continua o professor Suledil: “Lamentavelmente, nem todos estão preparados para isso, basta ver o que aconteceu na última sexta-feira. Milhões de brasileiros foram às compras na sexta-feira intitulada Black Friday, contraíram dívidas e comprometeram seus orçamentos. Se essa regra vale para o cidadão, também vale para o poder público. A prefeitura de Campos está tomando decisões com responsabilidade como sempre fez neste governo, e se antecipa ao agravamento da crise, para garantir a continuidade os investimentos, da boa prestação de serviços à população e o fluxo de pagamentos”, finaliza Suledil Bernardino.

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