quinta-feira, 20 de junho de 2013

Governos reduzem tarifa, mas custos vão cair na conta das manifestações

Muito oportuno o artigo do jornalista Andre Barcinski, da Folha de São Paulo. Leia alguns trechos:

Os governos de Rio e São Paulo fizeram a única coisa que podiam: cancelaram o aumento das tarifas. Era isso, ou conviver com cidades paralisadas.

Os discursos de Alckmin, Haddad e Paes – claramente combinados – tocaram no mesmo ponto: a ausência do reajuste vai prejudicar os investimentos nas cidades.

Os governos estão botando na conta dos protestos a diminuição de futuros investimentos públicos.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse que a diferença dos 20 centavos na tarifa vai custar à cidade 200 milhões de reais: “São R$ 200 milhões que têm que ser arcados pelo poder público. Arcar com esses recursos significa, sim, a escolha de prioridades. Serão R$ 200 milhões a menos investidos em outras áreas.”

O prefeito só esqueceu de dizer que o Rio gastou 1,2 bilhão de reais com a reforma do Maracanã, que foi entregue de mão beijada para a iniciativa privada. Teria sido uma ótima comparação: um Maracanã equivale a seis anos de reajuste de tarifa.

É bom lembrar também que o custo original do Maracanã era de 600 milhões, mas o projeto dobrou de valor devido a “imprevistos”. E se o Rio pode gastar 600 milhões com imprevistos, certamente pode gastar um terço disso com o fim do reajuste nas tarifas.

Alckmin foi na mesma linha: “É um sacrifício grande, vamos ter que cortar investimentos, porque as empresas não têm como arcar com esses custos.” As empresas talvez não tenham, governador, porque pagam impostos altos demais.

Leia o artigo completo aqui

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