A data foi acertada pelo presidente do partido, senador Ciro Nogueira (PI), com o presidente do PT, Rui Falcão. A aliança com o PP está sendo anunciada com antecedência com o objetivo de dar uma demonstração de força e tentar colocar um ponto final nas especulações de que o partido poderia não se coligar formalmente, como nas eleições de 2010. Os tucanos trabalham com este objetivo, evitando que o tempo de TV seja usado pela candidata petista.
-- Esta posição tem como alicerce a coerência do partido. Estamos com o governo desde a gestão do ex-presidente Lula. E a maioria dos diretórios estaduais prefere o apoio à reeleição da presidente Dilma -- garante o senador Ciro Nogueira.
O ato será realizado no restaurante Le Jardin, no Clube de Golf, num almoço. Hoje, apenas quatro diretórios regionais são contrários a permanecer ao lado da presidente: Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Acre e Rio de Janeiro. No sul, a senadora Ana Amélia, candidata ao governo, e em Minas Gerais, a preferência é por Aécio Neves. O mesmo acontece no Acre, onde o partido lidera a oposição ao governador Tião Viana (PT). No Rio, o partido está dividido. Há ainda o Amazonas, que pode ficar com Aécio Neves, se o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), se aliar à deputada Rebeca Garcia, candidata ao governo.
Hoje será a vez do PTB antecipar sua posição favorável à reeleição da presidente Dilma. Anteontem, no início da tarde (conforme publicação no Blog da coluna, às 14h40min), a mesma garantia de apoio à candidata do governo foi dada pelo presidente do PSD, Gilberto Kassab. Seu partido negocia uma aliança para o governo de São Paulo com o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que concorre à reeleição. Também existem conversas com o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, candidato ao Bandeirantes pelo PMDB. O Planalto e o PT atuam para que Kassab faça a opção por Skaf.
Para fechar a coligação governista só falta uma definição do PR. O partido está dividido. O líder na Câmara, Bernardo Santana, é muito ligado ao tucano Aécio Neves. Ele tentou anunciar, no início do mês, a independência do partido, mas teve de recuar. Mesmo assim, Santana continua ativo e especula-se que ele tenha alguma ascendência sobre o ex-presidente Valdemar Costa Neto. Sobretudo, depois de ter contribuído financeiramente para Valdemar pagar multa milionária, fixada pelo STF, por ter sido condenado no processo do mensalão.
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