Dignidade e cidadania para milhares de famílias

sábado, 10 de janeiro 2015    –    Foto: Rodolfo Lins/Secom
Famílias que viviam em áreas de risco ou em situação de vulnerabilidade social, hoje, vivem com mais dignidade e cidadania nos condomínios do Programa Morar Feliz, desenvolvido pela Prefeitura de Campos. Eram famílias que viviam há décadas às margens de rodovias federais e estaduais ou em áreas de alagamento. Hoje, quase seis mil famílias deixaram para trás esta triste história e estão vivendo em novos condomínios em casas com dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço. 0s condomínios contam com total infraestrutura, como redes de água e esgoto, iluminação e ruas pavimentadas. No mês passado, 312 moradores da Margem da Linha, cadastrados em 2012, e beneficiados de acordo com critérios socioeconômicos, foram transferidos para o condomínio de Ururaí, onde serão cerca de 1.300 casas ao todo.

O Morar Feliz é um investimento social superior a R$ 800 milhões que, até 2016, beneficiará mais de 40 mil pessoas. É um dos maiores programas habitacionais do interior do Brasil com a construção de 10 mil casas em duas etapas. Desse total, a Prefeitura de Campos entregou 5.842 moradias, sendo 5.426 na primeira etapa em 14 condomínios e 10 bairros. O secretário da Família e Assistência Social, Geraldo Venâncio, explica que o programa é o maior desenvolvido por uma prefeitura e que, através deste programa, as famílias têm deixado para trás uma triste realidade. “Muitas destas famílias viviam em condições insalubres e, hoje, têm uma casa segura para abrigar a todos. Na verdade, elas não mudam apenas de casa. Elas mudam de vida”, disse.

Da segunda etapa, já foram entregues casas em Dores de Macabu, Ponta Grossa dos Fidalgos e as primeiras 312 em Ururaí. Em breve, será Saturnino Braga. Todos na área rural. Na primeira etapa, moradores de bairros, como Eldorado, Lagoa das Pedras e Ururaí também foram beneficiados. Em Ururaí, as obras continuam no canteiro, que tem cerca de 1.300 casas ao todo. “O Morar Feliz é um programa de grande alcance social que, além de transformar a vida de milhares de pessoas, também, resolveu questões ambientais porque havia famílias que moravam às margens de rios e lagoas”, disse o secretário de Defesa Civil, Henrique Oliveira.

— Esta casa foi o melhor presente de Natal que eu e minha família já ganhamos na vida. Ainda não consigo acreditar que meu sonho foi realizado. Vivi mais de 17 anos numa casa sem reboco, sem piso e que nem banheiro tinha. Para tomar banho, lavar louça e roupas, nós pegávamos água na torneira que tinha no quintal, porque dentro de casa não tinha água. Minha rotina era uma luta diária, mas graças a Deus, não vamos mais passar por isso. Estou muito feliz, enfim, minha hora chegou”. A declaração é da dona de casa Marli Almeida, 43 anos, que era moradora da Margem da Linha e foi contemplada junto com o marido e as duas filhas, com uma das casas do conjunto habitacional Morar Feliz de Ururaí.

Um fim de ano com motivos de sobra para comemorar, mas o principal deles foi a realização do sonho da casa própria. Uma dessas famílias é da aposentada Marlene de Oliveira, 59 anos. Abençoada – como gosta de dizer – com uma casa, a contemplação pelo programa municipal de habitação social é motivo de celebração. “Graças a Deus tive um Natal maravilhoso e tenho certeza que 2015 vai ser muito melhor. Fui abençoada com esta casa e estou muito satisfeita”, disse ela ao lado de seus netos.

Em maio do ano passado, o Morar Feliz foi apresentado no Fórum Nacional de Habitação que reconheceu a sua qualidade e a eficiência. Lá o programa acabou sendo premiado com o Selo Mérito 2013 da Associação Brasileira de Cohabs e agentes públicos de Habitação na categoria Grande Impacto Regional.

— Se considerarmos que cada residência abriga, em média, quatro pessoas, o Programa Morar Feliz tem mais habitantes do que 30 municípios do Estado do Rio de Janeiro. E, ainda, se somarmos o número de habitantes de Laje do Muriaé, São José de Ubá e Macuco não chegaremos a 20 mil cidadãos, o que mostra o grande esforço da Prefeitura de Campos para acolher e assistir seus munícipes que viviam em área de risco ou dependendo do Aluguel Social – destaca o secretário de Governo, Suledil Bernardino, baseado em dados do Censo 2010 do IBGE.